quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A música meus senhores, a música...



As iluminações de Natal este ano em Braga vão no sentido dos últimos anos, nada de especial de noite, feias de dia. Até este ano, valia-nos o teto de luzes da Rua de Souto, algo que desapareceu. Agrada-me bem mais o estilo de iluminações do S.João

Gostos à parte, este ano falta a indispensável música de Natal nas ruas. Alguém se esqueceu não foi? Penso que é uma falha incrível.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O realizador Artur Costa de Macedo e o filme "Braga", de 1921

Dando os devidos créditos ao blogue Alfarrábios de Braga, de onde retiramos a ligação para o que se seguirá, e ao Sr. JMTinoco, que facultou a referida ligação ao referido blogue, o Sino da Sé partilha também um endereço ABSOLUTAMENTE INESTIMÁVEL.

Se se clicar AQUI ou na imagem que segue abaixo (é favor carregar com o botão direito do rato e abrir em novo separador), é-se remetido para o sítio da Cinemateca Portuguesa e é facultada a visualização dum um filme de 14min43seg, intitulado "Braga", do ano de 1921, realizado por Artur Costa de Macedo.

O mesmo realizador terá também dado origem a um filme intitulado "O São João em Braga", no mesmo ano de 1921. Porém, não encontramos qualquer ligação para o visualizar.

Igualmente terá realizado o filme "Guimarães", de 1933, tal como muitos outros que, pelo título, aparentam ter também um caráter documental acerca de diversas terras e eventos de Portugal, nas décadas de 20 e de 30 do século XX.

Se se clicar AQUI, tem-se acesso a mais sete filmes do referido realizador.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cometa Halley na Capela dos Coimbras?


O blogue “Alfarrabios de Braga”, divulga hoje uma interessante fotografia, onde se parece observar a Casa dos Coimbras, antes de ter sido demolida e construída do outro lado da rua, com a preservação das janelas manuelinas. Esta fotografia, motivou-me tentar lançar a discussão sobre algo que me gera curiosidade há muito tempo, o catavento da capela dos Coimbras.
Como certamente muitos já repararam, este catavento diferencia-se dos restantes existentes nos topos das igrejas de Braga, tanto pelas suas dimensões, como pela sua forma. Nele parece estar representado, um sol com uma cauda. A hipótese que me surgiu, tendo em vista identificar a origem de tal representação, foi ela estar relacionada com algum cometa, cometa esse que seria visível nos céus do hemisfério norte a quando da sua construção.
O cometa mais frequente nos céus do hemisfério norte é o cometa Halley, com passagens periódicas pelos nossos céus de 76 em 76 anos, tendo passado pela última vez em 1985. Existem na História diversos relatos da sua observação, sendo a mais antiga de 200 a.C., tendo sido observado também em 1531.
A Capela dos Coimbras (também designada Capela da Nossa Senhora da Conceição ou Capela do Senhor Morto), foi edificada no século XVI, entre 1525 e 1528. Partindo do principio que aquele catavento fazia parte da construção da capela no século XVI, pressuposto admissível, uma vez que existem imagens de cataventos na arquitetura religiosa portuguesa anteriores a 1525, é possível que nele esteja representado o cometa Halley, tendo sido o catavento colocado pelo menos três anos depois da conclusão da capela.
O que acabei de descrever, baseia-se apenas numa aparente concordância de datas, partindo do pressuposto que o catavento já fazia parte da referida capela no século XVI, algo que não tenho meios de comprovar. Estou portanto aberto e agradecido, a críticas e correções a esta hipótese aqui levantada.

Bibliografia:
CATAVENTOS, UM PATRIMÓNIO ESQUECIDO - JOSÉ MANUEL PRISTA

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Opinião: "O Feriado do 1º de Dezembro", por Nuno Filipe Alpoim

Ponto prévio: inicio hoje a partilha de opiniões pessoais minhas, aqui no blogue que, juntamente com o José Gusman Barbosa, vou construindo. Esta primeira intervenção é composta por uma intensa crítica, bem como por um apelo à valorização do patriotismo.



O feriado do 1º de Dezembro
por Nuno Filipe Alpoim

Obelisco comemorativo da restauração da independência, em Lisboa.
Fonte: Wikipedia.








Hoje é feriado. Há 371 anos, Portugal, após uns humilhantes 60 anos, libertou-se de Castela. Olivença também se libertou. Agora, segundo consta, pretende-se acabar com este feriado, em vez de, pelo contrário, se aplicarem no sentido de enaltecer este dia!

Mais: justifica-se o processo quase responsabilizando a... Igreja! Vai-se lendo que "a Igreja está disposta a abdicar de dois feriados, se o Governo abdicar de dois também". TODOS os feriados são nacionais. Não são propriedade nem da Igreja nem do Governo, apenas do País e do Povo Português. Tanto o Governo como a Igreja ficam muito mal neste retrato!

Não alinho em ideias bacocas segundo as quais "hoje já não tem significado", "ninguém já quer saber disso", "mais valia sermos espanhóis" ou comentários abjetos como estes.

Alternativas? Acabassem antes com o 1 de Janeiro, com a Páscoa, com o Natal ou, como Lisboa e Porto tiveram tolerância para receber o papa, acabassem com os feriados municipais desses concelhos. Obviamente que o que escrevi na anterior frase foi por provocação e não concordaria, jamais, com tais medidas.

Alternativas mesmo?
Em primeiro lugar, discordo terminantemente da eliminação de feriados. Mas, caso cedesse, julgo que mais valia que se obrigasse a trabalhar dois sábados (e que arcassem com a responsalidade política dessa opção que, tal como a eliminação de feriados, poderá ser apenas a abertura da "caixa de Pandora").

Na pior das hipóteses, lançassem esta medida de forma temporária, "até a economia começar a crescer consolidadamente" e escolhendo outros feriados (até porque, como muito bem observou o José Gusman Barbosa, no próximo ano o 1º de Dezembro será a um Sábado e, no ano seguinte, a um Domingo).
Mas nunca, nunca, se poderá admitir tamanho desprestígio duma data fundamental da história portuguesa, brasileira, holandesa, angolana (por acontecimentos históricos ocorridos em consequência do 1º de Dezembro de 1640), entre outras.

Tenham vergonha: atual governo e os mudos partidos da oposição!
Assumam as responsabilidades: comunicação social calada e povo adormecido e que aceita passivamente a manipulação a que é sujeito.
Acordemos. Sejamos patriotas. Nunca xenófobos, mas sempre PATRIOTAS!

Numa altura em que convocam o povo para enormes sacrifícios, em nome do país, dá-se "tiros nos pés" não respeitando fatores de união e motivação por via da consciencialização da ideia pela qual estamos na mesma "equipa", por indesmentíveis fatores históricos!

O que referi para o 1º de Dezembro, vale, em grande parte, para o 25 de Abril, para o 5 de Outubro e, claro, para o 10 de Junho! E para o 24 de Junho em Braga e todos os feriados municipais. Inalienáveis.

VIVA PORTUGAL! Portugal que não se superioriza aos outros nem tem intenções imperialistas, mas um Portugal que se deve orgulhar de quase 900 anos de história e que deve alimentar os rituais que o celebram, além de dever primar pela manutenção da sua soberania, numa Europa plural e unida, mas que busca as vantagens da diversidade!
VIVA O 1º DE DEZEMBRO!  



BIBLIOGRAFIA

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Opinião: "Alguém se importa de defender o Minho? (Se não der muito incómodo é claro)", por José Gusman Barbosa

Alguém se importa de defender o Minho? (Se não der muito incómodo é claro)
por José Gusman Barbosa

ImagemEncontrei esta tabela no forum "Bracarae Auguste", tendo tido o cuidado de verificar os dados no sitio do INE. Estes dados mostram, que num quadro geral do aumento total dormidas no continente, se verifica um aumento de dormidas no Porto, enquanto por outro lado, o número de dormidas no no Minho, sofre uma diminuição significativa.

É impossível dissociar estes dados, da reorganização das regiões de turismo levada a cabo há poucos anos atrás, e que levou a que o Minho tivesse sido inserido numa região de turismo em que o polo dominante é o Porto.

Nesta, como em tantas outras vezes ao logo dos anos, falta quem defenda Braga e o Minho, contra o poder hegemónico do Porto e a sua forte influência sobre o poder central em Lisboa.

É indispensável, que nós minhotos, nos deixemos de rivalidades bacocas, para juntos defendermos o que é essencial.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bom Jesus na comunicação social.

Parece que finalmente a comunicação social dá alguma atenção ao Bom Jesus do Monte. Esperemos que longe já estejam os tempos de esquecimento, a que o Bom Jesus foi sujeito, e que levaram ao ridículo de este nem sequer ter feito parte dos setenta e sete candidatos a  "sete maravilhas de Portugal".

No próximo sábado, a ir para o ar ao 12:10 o programa da TSF "Encontros com o Património" será sobre o Bom Jesus. Também o suplemento Fugas, do jornal Publico, tem na sua edição online uma reportagem sobre este imponente santuário.

Que continue a ser trilhado o caminho para vermos o Bom Jesus, classificado como Património Mundial!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Choveu muito ontem?



Enquanto no dia de ontem (dia 26 de outubro),tentava fugir ao trânsito, dei por mim a pensar que nunca tinha visto tanta chuva junta num só dia na cidade de Braga. Movido pela curiosidade, fui hoje procurar dados históricos sobre a precipitação em Braga, e já tinha chovido bem mais, ainda que chuva assim seja coisa rara.  Vejamos:


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cidade das Fontes: XXI - Antiga Fonte de Dadim - ACTUALIZAÇÃO (1ª)

Do nosso leitor JMTinoco, recebemos a informação que aqui transcrevemos, informação essa que conta a História desta Fonte, assim como a enquadra no contexto de outras fontes da freguesia de Nogueiró.
"A foto representa um dos fontenários que a população construiu na decada de 70 para abastecer diversos lugares da freguesia. Ao todo construíram-se 7. sendo um grande melhoramento para a época a população ques mais e não descansou enquanto não teve água em suas casas. Com a conclusão da rede de abastecimento de água ao domicilio que ocorreu no ano de 1987, os fontenários ficaram obsoletos e sem utilidade, pelo que os responsáveis resolveram desactivá-los aproveitando a água para reforço da rede domiciliária, até porque a água não era tratada. Os fontenários sem qualquer valia artística nunca foram retirados, mas ficaram inutilizados. No entanto as verdadeiras fontes públicas e com história mantem-se em diversos locais da freguesia de Nogueiró e nomeadamente no lugar de Dadim a 20 metros deste lugar onde se encontra a "Fontinha" que essa sim dá apoio ao trilho dos 2 montes."

Ao referido leitor agradecemos a pertinente informação.



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cidade das Fontes: XXII - Fonte do Mundo

Fonte do Mundo
(outras fotografias)
Ano de Construção: Século: XVIII ?
Freguesia: São Vicente
Estado da Água: Água corrente e de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1 a 5): 2
Coordenadas: 41º33.476’N    8º25.243’O
Data da Visita: 1 de Abril de 2011

Quando conjuntamente com os outros titãs, Atlas atacou Zeus no Olímpo, não imaginou o castigo que lhe estava destinado, depois de vencer a batalha Zeus decidiu castigar os seus inimigos, a Atlas coube-lhe o castigo de carregar a esfera celeste, para toda a eternidade. Como se não bastasse o martírio de carregar tal peso até aos fins dos tempos, Atlas foi também sujeito ao esquecimento e vandalismo, enquanto jorrando água pela boca, é figura central de uma das mais bonitas fontes da cidade de Braga, situada no lugar das Fontainhas, na freguesia de São Vicente.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cidade das Fontes: XXI – Antiga Fonte de Dadim


Antiga Fonte de Dadim (outras fotografias)
Ano de Construção: ???
Freguesia: Nogueiró
Água: N/A (seca)
Estado de Conservação (de 1 a 5): 1
Coordenadas:   41º32.814'N    8º22.855'O
Data da Visita: 10 de Abril de 2011

 
É por demais evidente a extrema abundância de água que ocorre no Monte Sameiro e áreas limítrofes, sendo, aliás, um factor que potencia essa área como o coração de um hipotético parque natural a reconhecer, criar e desenvolver no concelho de Braga e concelhos vizinhos. As encostas verdejantes desses montes, embora hoje pejadas quase por completo de espécies invasoras, mascarando-as com uma triste e assassina paisagem australiana, são a marca disso mesmo. Como tal, são inúmeras as ribeiras, os charcos, as minas e os fontanários que povoam as freguesias em que se localiza tão graciosa área.
Em plena encosta, numa das mais altaneiras zonas a que a urbanização chegou, mas ainda perto da cada vez menor mancha verde, encontra-se o lugar de Dadim (antiga freguesia de São Romão de Dadim, "absorvida" por São Salvador de Nogueiró, em 1665, a pedido dos habitantes de ambas as freguesias, conforme esta ligação), lugar situado na Freguesia de Nogueiró. Muita gente conhece este lugar por ais e situar a Piscina e o Pavilhão Desportivo de Nogueiró. Mas, a 200 metros dos referidos equipamentos, em frente à paragem dos autocarros, num pequeno largo (que oferece a possibilidade de se virar para uma zona com um antigo estradão ligando a uma quinta particular), surge a antiga Fonte de Dadim... Hoje tristemente transformada num mero banco!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cidade das Fontes: XX - Fonte da Cruz

Ano de Construção: Século XVII? XVIII? XIX?
Fonte da Cruz
(outras fotografias)
Freguesia: Este - São Pedro
Estado da Água: Água corrente não potável
Estado de Conservação (de 1 a 5): 3
Data da Visita: 6 de Abril de 2011

Pouco sabemos sobre esta pequena fonte, que na EN103, já depois desta abandonar Gualtar e entrar na freguesia de Este - São Pedro, se encontra trezentos ou quatrocentos metros adiante da Fonte da Bela Vista. Nem mesmo o seu nome conseguimos saber, tendo-a baptizado como Fonte da Cruz, devido à singela cruz nela trabalhada. Será que os nossos leitores nos podem ajudar? 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um susto no Enterro do Senhor


Ao ler o livro de memórias do Dr.Manuel de Oliveira Faria, vi contada uma curiosa história de que me lembro de ouvir contar em minha casa, e que se terá passado durante uma procissão do Enterro do Senhor.


"...fizeram-me lembrar a Semana Santa do meu tempo de menino e moço em que, na noite da procissão do Enterro, o súbito clarão de um "flash" motivou tamanho pânico na rua do Souto que até o esquife do Senhor andou em bolandas por entre a multidão em fuga. Esgueiraram-se os farricocos pelas aberturas mais recônditas e estremeceu o pálio, sacudido pelo forte impacto da onda humana, mas, logo que circulou a notícia apaziguador da fotografia, foi posta de lado a ideia da bomba e tudo serenou. Nessa altura vivíamos sob o terrífico pesadelo da 2ª Grande Guerra Mundial."

J G Barbosa

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fotografias Semana Santa 2010

Algumas fotografias que tirei na Semana Santa em Braga em 2010




Aproveito para desejar uma boa Páscoa a todos os nossos leitores.

José Gusman Barbosa

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cidade das Fontes: XIX - Fonte da Senra de Baixo

Ano de Construção: 1858
Freguesia: Fraião
Estado da Água: Água corrente não potável
Estado de Conservação (de 1 a 5): 5
Data da Visita: 10 de Abril de 2011

Junto ao parque de estacionamento do Media Markt, e no espaço que o separa da rotunda, está um recanto ajardinado, onde existe o pequeno lago e uma imponente fonte acompanhada de um grande tanque. Certamente que esta fonte já saltou à vista de grande parte dos Bracarenses, pelo menos daqueles mais atentos e com melhor visão, que conseguem descortinar algo entre a floresta de placares publicitários que devido a um qualquer adubo propício ao seu crescimento, ali nasceu ao longo do último ano.
Desta imponente fonte, construída em 1858, infelizmente pouca informação conseguimos recolher. Conhecida como “Fonte da Senra de Baixo”, por a esta importante quinta ter pertencido em tempos, esta fonte merece sem dúvida uma visita atenta.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cidade das Fontes: XVIII - Fontanário de Novainho


Fontanário de Novainho
(outras fotografias)
Ano de Construção: 1940
Freguesia: Gualtar
Água: abundante, de torneira, e potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1 a 5): 4
Data da Visita: 10 de Abril de 2011

 
A primeira e mais básica função das fontes e idênticas construções é/foi, logicamente, a do abastecimento de água à população. Actualmente, sobretudo nas últimas três décadas, a evolução dos sistemas municipais de abastecimento de água (marca inquestionável do desenvolvimento de uma sociedade), bem como o simples desrespeito pelo património e outros factores, resultaram num desinteresse votado sobretudo às fontes cuja função primordial era justamente a de fornecer água para consumo.
Ora, o Fontanário de Novainho, em Gualtar, não deixa qualquer dúvida acerca da sua função pois, quem passa justamente pela Rua de Novainho, em frente ao que resta da Quinta de Novainho, ao longo da Grande Rota 117 nas imediações da antiga via romana XVIII de Astorga a Braga, numa zona em que três freguesias se encontram – Tenões, Este-São Pedro e Gualtar, atinge um cruzamento onde se situa o fontanário em questão, que surge recatado mas suficientemente à vista para impelir o transeunte a abrir a torneira e a refrescar-se.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cidade das Fontes: XVII - Fonte da Bela Vista (Gualtar)


Fonte da Bela Vista
(outras fotografias)
Ano de Construção: 1932
Freguesia: Gualtar
Estado da Água: Água corrente de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1 a 5): 4
Data da Visita: 3 de Abril de 2011

Situada num pequeno recanto à margem da EN 103, a Fonte da Bela Vista é irmã da Fonte de Barros, de que falamos há algumas semanas atrás. Tal como a Fonte de Barros, a Fonte da Bela Vista foi construída em 1932 pela Junta Paroquial de Gualtar, sendo que a sua localização junto a uma importante via de acesso à cidade, demonstra a importância que ainda em pleno século XX tinha o abastecimento de água nas vias de comunicação. 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cidade das Fontes: XVI - Fonte de Santo Adrião (São José de São Lázaro)

Ano de Construção: 1636
Fonte de Santo Adrião
(outras fotografias)

Freguesia: São José de São Lázaro
Água: Corrente e de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1 a 5): 4
Coordenadas:   41º32.448’N    8º24.755’O
Data da Visita: 23 de Março de 2011

A Fonte de Santo Adrião, situada junto ao portão da quinta com o mesmo nome, na estrada que liga a Ponte de São João à Falperra, faz parte de um recanto que em tempos já teve o epíteto “dos namorados”. A Fonte está junto ao muro que circunda a Quinta, vindo a sua água da nascente que se situa no interior da Quinta.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Cidade das Fontes: XV - Fonte da Rua Frei José Vilaça (Ferreiros)

Fonte da Rua Frei José Vilaça
(outras fotos)
Ano da Construção: Desconhecido
Freguesia: Ferreiros
Água: abundante, corrente e de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1-mín. a 5-máx.): 3
Data da Visita: 21 de Março de 2011

A recolha e investigação que estamos a fazer e que constitui este tema "Braga, Cidade das Fontes" abordado no presente blogue, resulta da nossa valorização por este tipo de património, para o qual estamos muito sensibilizados, conscientes da sua fulcral importância, quer em termos de contribuição para a nossa identidade enquanto Bracarenses, Minhotos e Portugueses, quer em termos de simbolismo, quer ainda reconhecendo-lhe potencial utilitário. Não obstante este interesse pessoal estar longe de ser novo para nós, a verdade é que este projecto que estamos a levar a cabo torna-nos mais atentos, permitindo, de vez em quando, que nos deparemos com surpresas, encontrando fontes em sítios onde nunca reparamos nelas, como é o caso da fonte de hoje: a solitária mas muito viva Fonte da Rua Frei José Vilaça, em Ferreiros (sítio da Junta de Freguesia).

quarta-feira, 16 de março de 2011

Símbolo do SC Braga


Numa entrevista ao jornal O Jogo, no passado sábado, o Presidente do SC Braga, António Salvador, referiu-se ao símbolo do SC Braga, como "o emblema da Senhora do Leite." A  ideia de que a figura feminina presente no símbolo do SC Braga é a Senhora do Leite, é uma ideia bastante comum, frequentemente repetida, mas errada.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cidade das Fontes: XIV - Fonte da Rua de Entre Bouças (Tenões)

Fonte da Rua de Entre Bouças (Tenões)
(outras fotos)
Ano da Construção: Desconhecido (Década de 70 do século XIX?)
Freguesia: Tenões
Água: abundante, corrente e de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1-mín. a 5-máx.): 4
Data da Visita: 13 de Março de 2011

Ao conjunto montanhoso que, desde o Cávado, a Norte do concelho de Braga, vai aumentando de altitude, por Santa Lucrécia de Algeriz, iniciando a Serra do Carvalho, e que, em Este São Mamede, na nascente do Rio Este, se encontra com a Serra dos Picos, segue, a Oeste e Sul, o Monte do Sameiro, cuja encosta Oeste, na área compreendida nos limites de Tenões, Nogueiró (sítio da Junta de Freguesia) e Lamaçães (sítio da Junta de Freguesia), é conhecido como a encosta do Bom Jesus. Ora, este início do Anfiteatro Bracarense (definição a ser estudada e publicada futuramente neste blogue), que é, na verdade, o início da Serra da Cabreira e do sistema montanhoso Peneda-Gerês, é especialmente rico em termos hidrográficos e susceptível de suportar uma impressionante biodiversidade (não tanto hoje em dia, dominado pelas pragas australianas eucalipto e acácia, mas com um potencial imenso), ao ponto de, potencialmente, nada ficar a dever à geresiana Mata da Albergaria.
Como tal, este sistema montanhoso e, em particular, a encosta do Monte do Sameiro e da Serra da Falperra, logicamente contribuem decisivamente para a abundância de água que caracteriza também a parte significativa do concelho Bracarense que se lhe segue em vale, e entende-se bem o nome da freguesia de Lamaçães, situada, em grande parte, no vale  no sopé da "encosta do Bom Jesus".
Obviamente que tal "explosão hidrológica" se reflecte na existência de inúmeros regos naturais, regatos, minas e fontes nessa encosta, onde se encontra a freguesia de Tenões, na qual se localiza uma discreta e singela mas bem-amada fonte, a Fonte da Rua de Entre Bouças.
A Fonte da Rua de Entre Bouças, apesar de recatada, oferece-nos algum mistério, que esperamos ir conseguindo desvendar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Cidade das Fontes XIII: Fonte dos Prazeres (Tenões)

Outras fotos
Ano de Construção: Desconhecido foi requalificada em 2007
Freguesia: Tenões
Água: Abundante, corrente e de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1-mín. a 5-máx.): 4
Data da Visita: 7 de Março de 2011

A Fonte dos Prazeres, situa-se no sopé da encosta norte do Bom Jesus, foi arranjada 2007 mas a sua existência é muito anterior a essa data. O seu nome está relacionado com uma pequenina capela nas suas imediações, erguida em devoção à Senhora dos Prazeres. Depois do arranjo, e até há cerca de dois anos, esta fonte encontrava-se seca, sendo que desde então a fonte passou a fornecer água em quantidade abundante, tanto de verão como de inverno. Da água jorrada por esta fonte, pena é que não seja possível ter o prazer de a beber em segurança, já que mais uma vez, não há no local qualquer informação sobre a sua potabilidade.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Asteriscos no Quotidiano: III - Bom Jesus colorido de esperança

Quem olhar para o Bom Jesus na altura em que o sol se põe, pode reparar que o bonito santuário está por uns minutos "pintado" de verde. Isto acontece porque, quando são ligadas as luzes de iluminação nocturna do Bom Jesus, estas, durante o seu aquecimento, emitem luz verde, colorindo assim a fachada do Bom Jesus na cor da esperança. Esperança essa, que pode ser a de que um dia o Bom Jesus seja Património da Humanidade.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cidade das Fontes: XII - Hipotética Fonte da Rua Conselheiro Januário (São Vicente)

Hipotética Fonte da Rua Conselheiro Januário
(outras fotografias)
Ano da Construção: Desconhecido
Freguesia: São Vicente
Água: N/A (está seca)
Estado de Conservação (de 1-mín. a 5-máx.): N/A
Data da Visita: 27 de Fevereiro de 2011

Na Rua Conselheiro Januário, na freguesia de São Vicente, abaixo do extremo do Liceu Sá de Miranda e exactamente em frente à Doçaria de São Vicente, surge uma construção discreta, inesperada e, decerto, praticamente desconhecida da esmagadora maioria das pessoas: a construção que nos parece ser de uma fonte, que denominámos com o nome da rua em que se situa.
Terá sido, esta construção, em tempos idos, um fontanário? Será que sim ou será que não? Não temos uma posição definida, mas consideramos pertinente lançar a reflexão acerca desta graciosa surpresa com que nos deparámos ao longo do pitoresco conjunto de muro e grades, cuja inauguração ocorreu em 1907, que, desde a Rotunda de Infias até quase ao pátio traseiro da Igreja de São Vicente, separam a mais baixa Rua Conselheiro Januário da mais altaneira Rua Dr. Domingos Soares (por onde passavam os eléctricos, na linha que ligava o Elevador do Bom Jesus à Estação do Caminho-de-ferro), unindo-as por escadas.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Santa Bárbara voltou ao seu Jardim

Finalmente o Jardim de Santa Bárbara vai deixar de estar amputado!

Em Outubro de 2008, actos de vandalismo, tinham destruído a imagem de Santa Bárbara, que encimando o chafariz central, dava nome ao seu Jardim. A imagem ficou partida em 78 bocados, deixando desde então o Jardim órfão, entristecendo todos aqueles que por lá passavam.

Ontem foi colocada uma réplica da escultura de Santa Bárbara no dito chafariz, sendo que a escultura original, depois de ter sido restaurada, vai a partir de hoje ficar nos Claustros do Convento do Pópulo.

mais informações podem ser lidas aqui

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cidade das Fontes XI: Fonte de Barros

Fonte de Barros
Ano de Construção: 1932
Freguesia: Gualtar
Água: Água corrente de potabilidade desconhecida
Estado de Conservação (de 1 a 5): 4
Data da Visita: 12 de Setembro de 2010

Construída no lugar de Barros na Freguesia de Gualtar, em 1932 e enquadrada num pequeno largo no cruzamento entre a Rua da Fonte, a Rua do Fontelo e a Rua de Velha de Barros, esta pequena fonte constitui um agradável recanto, de onde brota água em quantidade abundante, que pena é, que não tenha qualquer informação sobre a qualidade da água. Bonito seria, que a exemplo do que faz a Junta de Freguesia de Fraião ou a de S. Victor, caso a água seja potável, que análises regulares fossem feitas a água e afixadas junto à fonte, para que a população possa usufruir dela de forma segura.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Senhora do Leite por José Saramago

"É a Senhora do Leite que lá está sobre o seu baldaquino, é uma mulher que parou para amamentar o filho: não precisa de ser mais do que isso para ser uma obra-prima"

José Saramago Viagem a Portugal

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Cidade das Fontes: X - Fonte de São Vicente

Fonte de São Vicente
Ano da Construção: Segunda metade do séc. XIX?
Freguesia: São Vicente
Água: N/A (está seca)
Estado de Conservação (de 1-mín. a 5-máx.): 2
Data da Visita: 11 de Julho de 2010

Uma das fontes que, actualmente, é mais discreta em todo o Centro de Braga, é a Fonte de São Vicente. Tal facto não se deve a características da sua construção, dado que, não sendo espectacular ou singular, não deixa de ter potencial para marcar o quotidiano Bracarense de forma bem mais intensa. O que se passa é que a Fonte de São Vicente é mais uma a que foi retirado o seu "sangue" - foi-lhe cortada a água, e, além disso, foi mutilada através da retirada do seu tanque! Também contribui para a sua discrição o facto de se localizar num sítio cujo movimento pedonal é sobretudo feito por moradores da zona e, não obstante a fonte ser adjacente ao adro da Igreja de São Vicente, a verdade é que se encontra a um nível abaixo da igreja, na Rua Conselheiro Januário, escondendo-se dos transeuntes que passam pela Rua de São Vicente.
Importa, portanto, desvendar o invisível véu que parece estar estendido sobre a Fonte de São Vicente.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Asteriscos no Quotidiano: II - Uma Garça na Cidade

A Garça Real por nós avistada (outras fotografias)
Hoje, durante uma corrida matinal, fomos presenteados com algo, por nós nunca visto em plena cidade de Braga. Uma Garça Real, sobrevoou o Complexo Desportivo da Rodovia, e foi pousar no terreno contiguo a este complexo, tendo por aí ficado junto ao Rio Este por vários minutos.

A Garça Real é uma ave com cerca de um metro de altura e que se destaca pelo seu longo pescoço, é relativamente comum em Portugal, sendo vista normalmente dentro de água ou nas suas imediações, é comum ver esta nos rios Minho, Cávado e Lima. A ave por nós avistada era uma fêmea, e, pela direcção que tomava, terá voado desde o Rio Cávado tendo sido atraída pelo Rio Este. Tiramos -lhe algumas fotografias.

Para saber mais sobre as Garças Reais:

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cidade das Fontes: IX - Fonte da Rodovia, São Vítor

Fonte da Rodovia
(outras fotos)
Ano da Construção: Década de 40 do séc. XIX
Freguesia: São Vítor
Água: N/A (está seca)
Estado de Conservação (de 1-mín. a 5-máx.): 2
Data da Visita: 07 de Fevereiro de 2011


Na "margem" da Avenida João XXI - principal avenida da comummente chamada "Rodovia", especificamente do lado direito do sentido Oeste-Este ou Avenida da Liberdade-Bom Jesus, exactamente do lado oposto da Rodovia em relação à Rua da Restauração (e ao Centro de Tomografia de Braga), descobre-se a fonte a que entendemos chamar de Fonte da Rodovia.
Esta fonte tem sido votada ao abandono, sobretudo nos últimos 15-20 anos. Lembramo-nos de beber da mesma em 1993 ou 1994, mas já há vários anos que está seca e progressivamente sofrendo com o desleixo com que entendem fazê-la sofrer. 
A Fonte da Rodovia terá tido uma outra localização original, dado que terá sido construída para substituir uma anterior, situada nas traseiras da Igreja da Senhora-a-Branca. Posteriormente, terá sido trasladada para a actual localização, a cerca de 320m a Sudeste, em linha recta, quando se abriu a Rua da Restauração.
Fazemos votos e estamos dispostos a contribuir para que, num futuro o mais próximo possível, a Fonte da Rodovia volte a cumprir a sua contínua missão de refrescar e encantar quem passa na Rodovia, contribuindo para que seja "Bom viver em Braga", num troço da Avenida João XXI que nos parece estar a carecer de particular atenção em termos de reabilitação, no que respeita à parte pedonal.

Cidade das Fontes: IV - Fonte de São Vítor - ACTUALIZAÇÃO (1ª)

     O Senhor Luís Costa, há três dias atrás, disponibilizou no seu blogue seis publicações que intitula como "BRAGA - Roteiro Histórico e Monumental- Extra Muros". Aconselhamos vivamente a sua leitura.
     Analisando as referidas publicações, deparámo-nos com novas informações acerca da Fonte de São Vítor, pelo que consideramos ser totalmente pertinente partilhá-las, de modo a completar a informação que, acerca da mesma fonte, já tínhamos publicado.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O que é Braga?

No livro, "No Minho", escrito em 1874, em que D.António da Costa relata a sua viagem ao Minho, o autor termina assim o capítulo dedicado à sua visita a Braga:

" Mas então o que é Braga?
   É a antiga cidade, à qual tiremos o chapéu com respeito, ou a cidade moderna, em cujo o seio nos lancemos a sorrir?
   Não é nenhuma delas de per si, e ambas juntas.
   Vês aquela senhora leitor? anciã, não de senilidade desgraciosa e repelente, mas atraindo pela consideração e simpatia? Grave de sua presença senhoril toda ela da fidalguia mais distinta? franqueando a todos o palácio? estendendo a todos a mão?
   Vês? Mas vê também como ela vem remoçada, não velha dengosa, querendo casar, de cabelos pintados, de sobrolhos postiços, de carmim a desfazer-se-lhe, porém, com os seus cabelos alvos formosamente penteados, trajo da mais fina elegância, sorriso delgado e leal, olhar franco e doce, falas cativando pela vontade; anciã, para a qual simpaticamente corremos; rapariga, diante da qual respeitosamente nos curvamos. Vês aquela senhora?
   É Braga"

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Asteriscos no Quotidiano: I - Flores despontam no jardim da Avenida da Liberdade

Foto1: Jardim da Avenida da Liberdade,
com os primeiros amores-perfeitos a despontarem
     As flores que, há algumas semanas, foram plantadas nos jardins da parte Norte da Avenida da Liberdade, começam agora a desabrochar.
  
   Os amores-perfeitos (Viola x wittrockiana) - também típicos do Jardim de Santa Bárbara, que, há tempos, substituíram umas plantas floridas com menos resistência aos rigores invernais, mostram já, aqui e acolá, o "ar da sua graça", imperturbáveis face às geadas matinais, como se a sua aparente fragilidade fosse justamente a sua capa de defesa.